Não pode ser aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo, o PL 825/2024, que representa um nocivo passo atrás na política paulistana de descarbonização.
O mundo sabe – e São Paulo mais do que em outros lugares – que a emissão de gases venenosos, causadores do efeito-estufa, provêm do transporte. Na capital paulistana são muitos milhões de veículos abastecidos com gasolina e óleo diesel, cuja movimentação representa 61% dos gases poluidores.
Em boa hora, o Prefeito RICARDO NUNES adotou uma política saudável de eletrificação da frota de ônibus. Hoje são mais de quinhentos os coletivos movidos a eletricidade e o compromisso de prover a frota de mais outros dois mil, só não se efetivou ainda por entraves criados pela burocracia federal e pela concessionária de energia elétrica.
Recentemente o Prefeito e o Governador estiveram com o Presidente da República e ali foi reafirmado o pacto de descarbonização paulistana, que depende de inclusão de novos veículos elétricos à frota de 13.500 ônibus em circulação.
Regredir nesse ponto, sob argumento de que a aquisição de crédito de carbono compensaria é atraso de vida. É interromper um processo que garantirá a São Paulo propiciar qualidade de vida para a sua cidadania e romper acordos mantidos com entidades internacionais, que têm São Paulo como exemplo. Por sinal, foi um dos aspectos que levou o Papa Francisco a chamar RICARDO NUNES ao Vaticano em maio, para ouvir seus projetos para a cidade fundada por jesuítas, ao lado de outros Prefeitos do mundo inteiro.
Dizer “não” ao PL 825/2024 é o que os nobres edis paulistanos devem fazer, para que São Paulo não volte atrás, involuindo numa política saudável e resiliente, como aquela ainda em curso.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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