Algo muito simples de entender: as emergências climáticas chegaram e não vão mais embora. Isso é fato notório. Sabemos quais as causas: o aquecimento global, provocado pelo excessivo uso de combustíveis fósseis. Também temos a receita: descarbonizar o mundo.
Só que, ao lado de tal ciência inegável e incontestável, reside o ceticismo da população. Resolver um problema de tamanha dimensão e complexidade é obra de governo. As pessoas, individualmente, não podem fazer nada a respeito.
Não é verdade. Cada um de nós pode, sim, fazer algo em favor da salvação da humanidade. Como? Por exemplo: procurando andar mais a pé. Faz bem para a saúde e não usa gasolina, nem óleo diesel. Andar de bicicleta. Andar de patinete. Usar ônibus e metrô quando possível. Deixar ao menos um dia o carro em casa. Quando tiver de usar o automóvel, abastecê-lo com etanol e não com gasolina.
Mas também provocar o Parlamento para que leve a sério a crise climática. O vereador, o deputado estadual, federal e senador em quem você votou, espera que você se comunique com ele, em relação a problemas concretos, como a questão climática.
Pergunte a ele o que está fazendo. Como está enxergando a questão. O que fez de efetivo para ajudar a humanidade a se salvar da catástrofe derradeira. Sim, não é o planeta que está correndo risco. É o ser humano, que desmata, polui, extermina a biodiversidade e cava o seu próprio fim.
Se todas as pessoas se convencerem de que têm o poder de reverter esse quadro ameaçador, com pequenas atitudes, gestos singelos, mas direcionados a proteger a natureza e a adaptar as cidades para suportar os fenômenos extremos que ainda virão, a esperança poderá substituir o desalento. E todos ganharão. Principalmente os mais vulneráveis e as gerações que nos substituirão.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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LUCIANA FELDMAN
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