Relatórios recentes indicam um aumento alarmante nos ataques cibernéticos, refletindo uma escalada das ameaças digitais que afetam não apenas grandes corporações, mas também governos e indivíduos ao redor do mundo. A Check Point, especializada em segurança digital, publicou em seu mais recente estudo, o “The State of Cyber Security 2025”, que os ataques cibernéticos aumentaram de forma significativa, com um número crescente de incidentes sendo registrados semanalmente. Esse dado reforça a necessidade urgente de fortalecer as defesas cibernéticas e adotar novas estratégias de segurança para proteger informações sensíveis.
Além disso, um estudo publicado pela Maze Bolt, intitulado “Relatório de Tendências DDoS 2025”, revelou que houve um aumento de 30% nos ataques de DDoS (negação de serviço) no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com o relatório, esses ataques continuam a ser uma das maiores ameaças para a estabilidade das infraestruturas digitais de empresas e governos.
A empresária e profissional da área de tecnologia, Cristina Boner, destacou a gravidade dessas vulnerabilidades e a necessidade urgente de ação. “O maior risco não está nas falhas em si, mas na falta de atualização constante e de medidas preventivas. Sistemas amplamente utilizados, como os da Microsoft e Apple, são alvos fáceis para criminosos, justamente pela sua popularidade”, afirmou Boner. Ela alerta ainda que, quando esses sistemas não são mantidos em dia, as consequências podem ser desastrosas, como roubo de dados, prejuízos financeiros e danos à reputação de empresas.
Entre as vulnerabilidades encontradas, Cristina Boner citou a exposição de informações sensíveis através de falhas no sistema operacional Windows e no popular CMS (Sistema de Gerenciamento de Conteúdo) WordPress. “Esses sistemas possuem uma base de usuários enorme e, portanto, são alvos de ataques mais frequentes. Mas o que mais preocupa é que, muitas vezes, as atualizações necessárias para corrigir essas brechas são negligenciadas, seja por falta de conhecimento ou pela resistência a mudanças”, explica Boner.
Esses dados também apontam uma tendência preocupante para o futuro da cibersegurança. A previsão é de que, até 2026, cerca de 80% das organizações estarão utilizando inteligência artificial (IA) para detectar e responder a ameaças cibernéticas de forma mais ágil e eficaz. Isso demonstra uma crescente necessidade de evolução tecnológica para lidar com a complexidade e a rapidez com que os ataques estão se tornando cada vez mais sofisticados.
O relatório revelou que o aumento nos ataques se deve, em grande parte, à adaptação dos criminosos às medidas de segurança mais robustas implementadas por empresas e organizações governamentais. “Os atacantes estão se tornando mais criativos. Eles exploram vulnerabilidades nos sistemas mais antigos, tiram proveito de falhas em protocolos de segurança e, até mesmo, utilizam tecnologias emergentes para burlar as defesas”, explicou Cristina Boner. De acordo com a especialista, a rapidez com que os cibercriminosos conseguem identificar e explorar essas brechas é um dos maiores desafios enfrentados pelas equipes de TI em todo o mundo.
A especialista em tecnologia da informação apontou que as falhas em educar os funcionários sobre boas práticas de segurança digital continuam sendo um ponto fraco nas empresas. “A maioria dos ataques cibernéticos não ocorre devido a falhas técnicas nos sistemas, mas sim pela negligência humana. Phishing e engenharia social são técnicas amplamente utilizadas para enganar funcionários e obter acesso a informações sensíveis”, destacou Boner. Ela também alertou para o fato de que, embora muitas empresas invistam em soluções de segurança avançadas, a falta de treinamento contínuo de suas equipes pode anular esses esforços.
Com esse crescimento alarmante de ataques, é evidente que as medidas tradicionais de segurança precisam ser revistas e ampliadas. “A defesa cibernética deve ser proativa, não reativa”, afirmou Boner. “Investir em estratégias como inteligência artificial para detectar comportamentos anômalos, aumentar a colaboração internacional e focar na prevenção de ataques, em vez de apenas reagir a eles, são passos fundamentais para mitigar os danos e evitar que o ciclo de ataques se perpetue.”
Diante dessa nova realidade, governos e empresas precisam repensar suas abordagens de segurança. A falha em adotar tecnologias avançadas, como a automação de segurança e o monitoramento constante, pode resultar em perdas irreparáveis. Cristina Boner concluiu, dizendo que “a cibersegurança não é mais uma opção, mas uma necessidade vital para a sobrevivência das organizações no cenário digital atual.”
Com a constante evolução das ameaças cibernéticas, a sociedade digital se vê desafiada a se adaptar rapidamente a um ambiente de riscos em constante mudança. Agora, mais do que nunca, a colaboração entre especialistas, empresas e governos é essencial para criar um sistema de defesa robusto capaz de enfrentar os ataques de amanhã.
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Andreia Souza Pereira
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